Fot. TNSC. |
As visitas guiadas ao teatro já se realizavam por marcação de grupos. Porém, são os trajes de cena, os adereços e os cenários agora expostos--intimamente associados ao efeito de acompanhamento virtual proporcionado pelas silhuetas de cartão dispostas na plateia e nos camarotes--que atraem os (potenciais) expectadores. Afinal, nada mais do que arquitectura é um teatro vazio; e a ópera requer canto, cenários e adereços, artistas e público. Todos esses elementos estão presentes na exposição, ainda que de forma algo frugal. Dependendo do guia, o visitante poderá também aprender sobre assuntos prodigiosos, como a "Madame Butterfly" do compositor Giócomo Puccini, a ópera "Lúcia de Lamór", de Donizetti, ou a Serentíssima Princesa D. Carlota Joaquina. Um dos prospectos que atraía pessoalmente o P.Z. a esta exposição era o de aprender algumas das tais peripécias que compõem a história do teatro e que, indubitavelmente, seriam do interesse e carinho geral do público, mas esse aspecto ficou inteiramente por preencher.
Fernando Carvalho, comissário da exposição, admite em reportagem à SIC que a reutilização do espólio do teatro permitiria ter "uma boa Butterfly, um bom Pinkerton": o P.Z. não poderia concordar mais com tal opinião, dado que o pouco material agora exposto é claramente muito melhor do que as mediocridades estéticas caras que têm vindo a ser apresentadas
Principiantes, vão hoje ver a exposição porque, mesmo que venham a gostar de ópera no futuro, não é certo que voltem a ver cenários e objectos cénicos desta categoria--pelo menos em S. Carlos!
Só ontem tive possibilidade de ir ver e gostei muito. Podemos ver um pouco do grande passado glorioso do nosso teatro nacional de ópera.
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