Thomas Hampson na Gulbenkian | 17 de Abril de 2011

Thomas Hampson e o maestro Jordan.
No programa B da digressão internacional da Mahler Jugendorchester que terminou ontem, em Itália, tocou-se, na primeira parte, o Adagio da sinfonia inacabada de Mahler.
Ao contrário do que tenho lido pelas críticas que a este concerto se fizeram na Internet, não gostei da forma como o maestro levou o andamento. Posso estar a escrever disparates, mas eu gostaria de ouvir o elemento surpresa da música, de viver aquelas exclamações e "tentativas de regresso" [Bernstein sobre o final da 9.ª], e não apenas de ouvir apenas as notas da partitura, com os metais a tocar, novamente, de forma inconveniente. Gostava de ouvir "o que está para além da música".

O tenor Burkhard Fritz, tendo um timbre adequado, nem sempre conseguiu projectar a voz "por cima" da orquestra.
O atraso desta crítica já se fez notar; e agora tenho mesmo de escrever porque, no sábado, baterá à porta um Capriccio que parece ser muito bom! Mas o que me motivará a criticar Thomas Hampson, cantando o seu Mahler? Eu, que procuro há mais de um ano a crítica destrutiva, pergunto-me: o que há aqui que eu possa destruir? A sensibilidade da interpretação d'A Canção da Terra, por Hampson, "corrigiu" em três canções as prestações menos interessantes (mas aceitáveis) do maestro e do tenor Burkhard Fritz. O último andamento foi de calar as tosses: e Abschied, sem encores.

Sala cheia, com Thomas Hampson na plateia, na primeira parte!

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2 comentários:

  1. Caro Plácido,
    Como sabe não pude assistir a estes concertos, com grande pena minha.
    De facto algo se deve ter passado pois, aqui e acoló, há algumas reservas em relação ao que se ouviu, sugerindo ter ficado aquém do esperado.
    Cumprimentos, bom Capriccio e boa Páscoa

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  2. Caro FanaticoUm,
    É uma pena não ter ido. Penso que era o expectável, em todo o caso. Já se sabe que, contando com maestros do género, temos a garantia de que ficamos servidos com qualquer coisa audível. O tenor era aceitável (melhor ou pior). Ninguém se pode queixar de Hampson; tem a essência toda, e quem esperava ouvir um barítono como ele era há uns 15 anos é que não terá visto bem as coisas antes de comprar bilhete...
    Agradeço e retribuo os votos de boa Páscoa.

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