Angelika Kirschlager | Fundação Calouste Gulbenkian

No dia a seguir à primeira récita, lá fui eu ver o recital de Kirschlager com direcção musical de Lawrence Foster. O programa foi muito equilibrado e interessante, contendo música desde a opereta vienense e parisiense até a música dos princípios da Broadway.
Assim, destacaram-se números como "Meine lippen sie kussen so heiss", de Lehár, a habanera da Carmen, e outros dos mais conhecidos compositores de Viena, Paris e Broadway.

Este é o estilo!
O versátil canto e a nada "ortodoxa" presença em palco (escreve-se no Guardian) de Kirschlager são espantosos, e deleitaram a escassa audiência da Gulbenkian, que esteve a menos de 80% do pleno.

Já bem conhecido por aqui, Lawrence Foster revelou desprezar o piano, favorecendo o meio-forte, e desconhecer o fortissimo, ao contrário do rude fortissississimo que emprega desmedidamente com frequência, afogando o delicioso timbre da adorada meio-soprano e a outra cantora que a ela se juntou num par de duetos. Salvaram aos ouvidos a desculpa do rítmico can-can de Offenbach ou a beleza ímpar de excertos orquestrais de Porgy and Bess.

que nota daria o(a) leitor(a)?
  
pollcode.com free polls 

Nenhum comentário:

Postar um comentário