Apostas e Expectativas para 2011-2012

Em que o Plácido Zacarias dá conta dos espectáculos de ópera mais atractivos que vão passar em Lisboa na temporada de 2011-12. Não se esqueça de comentar para o P.Z. ficar feliz.

Em primeiro lugar (porque é maneira de evitar a perda de leitores ao longo do texto), vem a Fundação Calouste Gulbenkian. A FCG tem uma temporada sinfónica interessante, tal como a lírica. Destacam-se neste último campo, com elevadas expectativas, o recital adiado de Karita Mattila, todo o Met Live in HD -- uma espécie de cinema ao vivo da Metropolitan Opera cuja qualidade não merece muitas dúvidas--, O Castelo do Barba Azul e, de certo modo, o Tannhäuser. Os espectáculos "Wagner +" afiguram-se-me como uma espécie de "apêndices".

O grande auditório da FCG com a janela aberta. (Espectáculo.)
As minhas apostas para S. Carlos são no Don Carlo, porque não quero deixar de ver Elisabete Matos (independentemente da substituição de Sartori), na Madama Butterfly, porque me dizem fontes de Copenhaga que é uma boa escolha, e no Don Pasquale, encarando a proveniência da produção e o facto de ser espectáculo final como uma promessa de qualidade.
As restantes produções não têm nenhum elemento que apele ao meu interesse, mas talvez os apreciadores de Mozart ou espectadores à procura de experiências diferentes consigam encarar outras perspectivas. Encontra-se abaixo um filme ilustrativo desta temporada.


Recomendo vivamente que não se vá ver óperas ao Coliseu dos Recreios -- sala de péssima acústica, público, e de companhias musicais medíocres, apesar de títulos como O Barbeiro de Sevilha.

4 comentários:

  1. Caro Plácido,
    A Gulbenkian tem uma temporada de grande qualidade. Não percebo por que razão levanta objecções ao Tannhäuser, uma vez que será cantado pelo melhor heldentenor actual para o papel - Johan Botha.
    Em relação ao São Carlos, é esperar para ver mas, para mim, o programa, apesar de escasso, parece-me muito melhor que o do ano passado. Eu vou dar o benefício da dúvida e, quando o vi, acabei por renovar a assinatura da temporada, algo que tinha admitido não fazer.
    Esperemos que possamos comentar bons espectáculos musicais ao londo da temporada!

    ResponderExcluir
  2. Quanto ao Tannhäuser, a objecção está no maestro, e não no cantor. De Billy é reconhecido, mas da última vez que o vi não correu assim tão bem. Wagner é sempre outra história, e eu prezo a encenação.

    ResponderExcluir
  3. Concordo quanto ao maestro, a 9ª de Beethoven no ano passado na Gulbenkian foi má (mas para mim redimiu-se na Cendrillon na ROH). Quanto à encenação, apesar de eu ser dos que acham que a ópera é também para se ver, admito que uma boa versão em concerto, sobretudo em Wagner, pode ser memorável.

    ResponderExcluir
  4. Li agora que o maestro e o cantor já gravaram juntos. Isso só pode ser bom indício. De qualquer modo, ainda sem bilhete, considere-me lá :P

    ResponderExcluir