Colecção "Ópera": no 1: "Rigoletto - Verdi, 2ª Ed." (1947) - II

Por ocasião da transmissão do grandioso «Rigoletto» com o Plácido à frente...

(Para obter melhor resolução, carregue nas imagens.)



É triste observar que um cantor aqui referido como um dos principais intérpretes do Rigoletto, Joseph Kaschmann, cuja fotografia aparece ao lado da do próprio Verdi, caiu em esquecimento tal que nem uma referência ao seu nome o Google encontra... Esta é para a "Memória da Ópera".


Na sequência da imagem anterior, um texto esclarecedor acerca do conhecido encontro de Rigoletto com a censura... E algumas informações interessantíssimas acerca da decorrência da première desta obra eterna.



Algumas informações acerca desta ópera em Portugal... e mais recordações de grandes cantores há muito desaparecidos, dos quais destaco Adelina Patti, De Lucia, Caruso, Tito Schippa, Miguel Fleta, Titta Ruffo, Carlo Tagliabue, Gino Becchi.



Ponho aqui esta imagem para indicar que muitas vezes se esquece que Sparafulice era um assassino pago e que dificilmente poderia ter uma grande casa -- que desta vez, com o Plácido, até era um castelo. Não me parece por acaso que o Duque lhe diga que vá "dormir no inferno, ao relento ou onde lhe apetecer"; mas porque num casebre destes o espaço é pouco.


Parece-me estar a ver a Patti... mas 60% de hipóteses de estar errado. Algumas ideias?


Quase de certeza que vejo O Magnífico Eterno Duque Caruso à esquerda.


....E algumas informações que eu desconhecia acerca do dueto final, acrescentadas a mais um injusto enaltecimento de Verdi. Pois bem, Puccini e Wagner imitaram Verdi? Eu não me atrevo a andar a pesquisar numa partitura de 1000 páginas por acto de Wagner, mas posso adiantar que antes de Verdi escrever o quarteto "Bella figlia dell'amore" (RébM ou Sibm), já Donizetti escrevera "Chi mi frena in tal momento" (SolbM ou Mibm). E de um para o outro, acrescentando-se um bemol à escala, até parece cópia. Já o Caruso sempre os agrupara em gravações. E vêm-me dizer que o meu querido Puccini imitou? O autor ganhe juízo, porque antes de estrear La Bohème em 1896, Puccini já tinha a linda canção "Sole e amore" em '88 sobre um assunto totalmente diferente e antes de ter ouvido falar em Illica, Giacosa ou Murger.

Depois de feitas as digitalizações, lembrei-me que seria boa ideia copiar para aqui a tradução de "La donna è mobile":
«A mulher é como a pena ao sabor do vento: muda constantemente de tenção e de pensar. Seu rosto gentil é agradavel mente sempre, quando ri, quer quando chora. Será sempre infeliz quem nela se fiar e lhe confiar desprevenidamente o coração, mas também não pode ser completamente feliz sem se saborear o amor naquele seio.»

ANEXO: Recordando os antigos...

1. Titta Ruffo: Rigoletto


2. Fernando de Lucia: Duque de Mântua (A soberba Donna è mobile ainda não chegou ao YT)


3. Luiza Tetrazzini: Gilda

3 comentários:

  1. Caro Plácido,
    Obrigado por revelar mais este documento tão interessante!
    Cumprimentos musicais.

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  2. Caro Plácido,

    Kaschmann encontra-se no Google. Deve ter em atenção as diversas grafias do nome do intérprete.

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  3. Pois é, Hugo. Aparece Giuseppe no YT. Mas não tem página na Wikipédia, acho eu.

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